18 de maio, Dia da Luta Antimanicomial.
O Movimento da Luta Antimanicomial teve seu início marcado em
1987, onde ampliou discussões sobre a possibilidade de uma intervenção social
para o problema da saúde mental, mais especificamente, dos absurdos que
aconteciam nos manicômios. Desde então, a participação paritária de usuários de
serviços e seus familiares se tornou característica deste movimento. Em 1987
estabeleceu-se o lema do movimento: "Por uma sociedade sem
manicômios", e o 18 de maio
passou a ser instituído como o Dia
Nacional da Luta Antimanicomial.
Este Movimento se caracteriza pela luta pelos direitos das
pessoas com sofrimento mental. Nele combate-se
à ideia de isolar a pessoa com sofrimento mental. Faz lembrar que, como todo
cidadão, estas pessoas têm o direito fundamental à liberdade, o direito a viver
em sociedade, além do direto a receber cuidado e tratamento sem que para isto
tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos.
Por esta razão, o Movimento tem como meta a substituição
progressiva dos hospitais psiquiátricos tradicionais. Assim, entram os serviços
abertos de tratamento, incluindo formas de atenção mais dignas e diversificadas
de modo a atender ao sofrimento mental.
Para que a substituição aconteça de forma eficaz, implica na
efetivação de uma ampla rede de atenção em saúde mental.
Além dos serviços de
saúde, esta rede de atenção deve se articular a serviços das áreas de ação
social, cidadania, cultura, educação, trabalho e renda, etc., além de incluir
as ações e recursos diversos da sociedade. Dessa forma, a Reforma Psiquiátrica tem avançado no Brasil.
Por conta disso, cresceram os números de CAPS e diminuíram os números de
hospitais psiquiátricos no país ao longo desses anos.
Centro de Atenção Psicossocial – CAPS: são instituições destinadas a acolher os pacientes com
transtornos mentais e estimular sua integração social e familiar. Sua
característica principal é buscar integrá-los a um ambiente social e cultural
concreto, designado como seu território, o espaço da cidade onde se desenvolve
a vida quotidiana de usuários e familiares.
Os dados mostram um grande crescimento no
número de CAPS no Brasil, aumentou de 92 em 1996 para 689 em 2005 e em 2013, conforme Portal da Saúde,são:
·
CAPS I – Serviço de atenção à saúde mental
em municípios com população: de 20 mil até 70 mil habitantes. Existem 788
unidades no país.
·
CAPS II – Serviço de atenção à saúde mental
em municípios com população: 70 mil a 200 mil habitantes. Existem 424
unidades no país.
·
CAPS III – Serviço de atenção à saúde mental
em municípios com população: 200 mil habitantes.Existem 56 unidades no país.
·
CAPS ad – serviço especializado para usuários
de álcool e drogas. (de 70 mil a 200 mil habitantes). Existem 268
unidades no país.
·
CAPS i - serviço especializado para crianças,
adolescentes e jovens (até 25 anos). Acima de 200 mil habitantes. Existem
134 unidades no país.
No entanto, mesmo sendo uma política reconhecida pelo governo
brasileiro, pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e pela Organização
Mundial de Saúde (OMS), há setores conservadores que defendem o retorno dos
hospitais psiquiátricos.
Diante deste contexto, o Movimento da Luta Antimanicomial tem
a necessidade de se reunir para definir seus objetivos e suas estratégias de
ação no sentido de afirmar e lutar pelo avanço da Reforma Psiquiátrica no
Brasil.
http://www.assdevoltaparacasa.org.br/page9.htm
http://portalsaude.saude.gov.br/
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